O número de jovens DJs e produtores que se aventuram para achar seu lugar ao sol vem aumentando. A oferta é grande e, nesse quadro, a demanda por credibilidade, qualidade e autoconfiança é evidente; algo que talvez um DJ com pelo menos 10 ou 15 anos de experiência nas pistas possa proporcionar.
Tocar é um trabalho tão prazeroso (viajar pelo mundo tocando seu estilo de música preferida? poxa, que chato =P) que não é de se admirar uma pessoa que chegue na melhor idade mandando muito bem nas picapes por ai.
Vemos muitas bandas com integrantes que passam dos 60, 70 anos, mas raramente vemos isso acontecer com DJs. Steve Aoki, 37 aninhos, indagado sobre isso relata que essa impressão existe porque nossa cultura é jovem ainda, mas que enquanto os produtores alimentarem as pessoas com boas músicas, os DJs estarão ai e ficarão na profissão por muito tempo – “Não é apenas uma moda.”, ele diz.
Na própria e-djs existe um curso especial para DJs da terceira idade e hoje conta com a aluna e DJ mais velha do Brasil, Sandra Gabby, que nesse mês comemora 90 anos (uma fofa, gente!) numa festa em grande estilo. Dá uma olhada na jovialidade e no look fashion pra festa:
Confira sua participação no Programa do Ratinho:
A matéria para TV Cultura abaixo mostra que a idade não é barreira pra nada e o que importa é ser feliz! ;)
Simplesmente a paixão pelo que se faz não tem idade nem desaparece do dia pra noite e a ambição e vocação para tocar não evapora. Sabendo disso, listamos pra vocês DJs da terceira idade que têm boas histórias pra contar: (regadas à muita música, claro! ;D)
DENNY TANAGLIA – 67 primaveras
Sua carreira profissional começou na Miami dos anos 80, sendo um dos expoentes master do movimento de progressive e tribal house dos anos 1990. Teve residência épica na balada Twilo, em Nova Iorque e tentou aposentar-se em 2012. EM VÃO: acabou se rendendo às picapes novamente e apareceu lá em Berlim, na balada Berghain.
“Não acho que o fato de eu estar envelhecendo afete minha atitude ou a forma como encaro minha carreira como DJ. Eu ainda amo a atividade como amava há 35 anos. A ambição ainda é a mesma.”
COA GIL – 64 primaveras
Nascido em São Francisco nos anos 50, Gilbert Levy foi tragado e influenciado por toda atmosfera hippie dos anos 60. Mesmo jovem, viajou o mundo e fixou-se no oeste da Índia onde se tornou Goa Gil. Discotecou quase vinte anos em festas na praia e desenvolveu, assim, o Goa Trance, o precursor do psytrance. Ele toca pelo globo todo até hoje e, quando não esteve atrás das picapes, tornou-se um sadhu – homem sagrado indiano.
“Idade não é algo que eu de fato leve em conta no que diz respeito a qualquer coisa! Eu estou simplesmente levando a minha vida, estou apenas sendo eu mesmo.”
ALFREDO – 61 primaveras
Começou sua carreira como DJ e barman e, eventualmente, era chamado pra tocar na balada a céu aberto: Amnesia. O argentino é o queridinho de Ibiza e comanda as picapes da Space com muito jazz, house, folk, boogie, techno e psyche.
“A plateia muda e há uma série de DJs novos no pedaço. Mas ao mesmo tempo ainda sinto que tenho muito a mostrar.”
TERRY FARLEY – 56 primaveras
Desde o final dos anos 80, Farley tem sido peça fundamental no cenário do house britânico, lançando um selo que contava com gravações de artistas como X-Press2, Underworld e Chemical Brothers. Obcecado pelo dance, continuou a documentar o nascimento e desenvolvimento do acid house e suas subdivisões.
“House music – assim como reggae, funk e hip-hop – jamais irá morrer. Faz parte do nosso DNA agora.”
GREG WILSON – 46 primaveras
Peça chave na cena do progressive house britânica no início dos anos 90, remixou vários artistas como Pet Shop Boys e Kylie Minogue. Também se aventurou como editor da revista Mixmag e hoje possui o label Selador Recordings. Continua tocando por todo o mundo.
“Nasci para fazer isso e enquanto não chegar o dia em que eu não me empolgue mais em sair de casa e tocar para as pessoas, eu não vou aposentar os meus fones de ouvido tão cedo.”
E CLARO não poderíamos deixar de prestar homenagem à DJ mais velha do mundo (falecida em maio de 2014 com 83 primaveras) Ruth Flowers, a.k.a. Mamy Rock! =D
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